domingo, 12 de julho de 2009

Devoção dos Trinta Dias a São José

Oh! amabilíssimo Patriarca, Senhor São José! Desde o abismo de minha pequenez, dor e ansiedade, vos contemplo com emoção e alegria de minha alma em vosso apoio do céu, como glória e alegria dos bem-aventurados, mas também como pai dos orfãos na terra, consolador dos tristes, amparador dos desvalidos, alegria e amor de teus devotos ante o trono de Deus, de teu Jesus e de tua santa Esposa.
Por isso eu, pobre, desvalido, triste e necessitado, a Vos dirijo hoje e sempre minhas lágrimas e penas, meus rogos e clamores da alma, meus arrependimentos e minhas esperanças;
E hoje especialmente vos trago ante vosso altar e vossa imagem uma pena que consolais, um mal que remediais, uma desgraça que impessais, uma necesidade que socorreis, uma graça que obtenhais para mim e para meus seres queridos.
E para comover-vos e obrigar-vos a ouvir-me e conseguir-me, vos pedirei e demandarei durante trinta dias continuos em reverência aos trinta anos que vivesteis na terra com Jesus e Maria, e vos pedirei, urgente e confiante, invocando todos os títulos que tenhas para compadecer-vos de mim e todos os motivos que tenho para esperar que não vos negareis a ouvir meu pedido e remediar minha necessidade;
Sendo tão certa minha fé em vossa bondade e poder, que ao senti-la Vós sentireis também obrigado a obter e dar-me mais ainda do que vos peço, e desejo.
Vos peço pela bondade divina que obrigou ao Verbo Eterno a encarnar-se e nascer na pobre natureza humana, como Deus de Deus, Deus homem, Deus do homem, Deus com o homem.
Vos suplico por vossa ansiedade de sentir-vos obrigado a abandonar a vossa santa Esposa, deixando-a sozinha, e vos vendo sozinho sem ela.
Vos rogo por vossa resignação dolorosíssima para buscar um estabulo e um casebre para palácio e abrigo de Deus, nascido entre os homens, que lhe obrigaram a nascer entre animais.
Vos imploro pela dolorosíssima e humilhante circuncisão de vosso Jesus, e pelo o Santo e dulcíssimo nome que lhe colocasteis por ordem do Eterno para alegria, amor e esperança nossa.
Vos demando por vosso sobressalto ao ouvir do anjo a morte decretada contra vosso Filho Deus, por vossa obedientíssima fuga ao Egito, pelas penalidades e perigos do caminho, pela pobreza do desterro, e por vossas ansidades ao voltar do Egito a Nazare.
Vos peço por vossa aflição dolorosa de três dias ao perder a vosso Filho, e por vossa consolação suavíssima ao encontrar lhe no templo;
Por vossa felicidade inefável dos trinta anos que vivesteis em Nazare com Jesus e Maria sujeitos a vossa autoridade e Providência.
Vos rogo e espero pelo heróico sacrifício, com que oferecesteis a vítima de vosso Jesus ao Deus Eterno para a cruz e para a morte por nossos pecados e nossa redenção.
Vos demando pela dolorosa previsão, que vos fazia todos os dias ao contemplar aquelas mãos infantis, pregadas um dia na Cruz por agudos cravos;
Aquela cabeça que se reclinava dulcíssimamente sobre vosso peito, coroada de espinhos; aquele corpo divino que apertavas contra vosso coração, ensanguentado e estendido sobre os braços da Cruz; aquele último momento em que o verias expirar e morrer por mim, por minha alma, por meus pecados.
Vos peço por vosso dulcíssimo trânsito desta vida nos braços de Jesus e Maria, e vossa entrada no Limbo dos Justos no céu, onde tinhas vosso trono de poder.
Vos suplico por vosso alegria e vossa glória, quando contemplasteis a Ressurreição de vosso Jesus, sua subida e entrada nos céus e seu trono de Rei imortal dos séculos.
Vos demando por vossa felicidade inefável quando visteis sair do sepulcro a vossa Santíssima Esposa, ressucitada, e ser levada aos céus por anjos, e coroada pelo Eterno, e entronizada em um lugar junto ao vosso como Mãe, Senhora e Rainha do Céus, dos anjos e dos homens.
Vos peço e rogo e espero confiadamente por vossos trabalhos, penalidades e sacrifícios na terra, e por vossos triunfos e glória, feliz bem-aventuranza no céu com vosso Filho Jesus e vossa esposa Santa Maria.
Oh! meu bom São José! eu, inspirado nos ensinamentos da Igreja Santa e de seus Doutores e Teólogos e no sentido universal do povo cristão, sinto em mim uma força misteriosa, que me alenta e obriga a pedir-vos e suplicar-vos e esperar que me obtenhas de Deus a grande e extraordinaria graça que vou a por ante este teu altar e imagem e ante teu trono de bondade e poder no céu:
Assim espero, Santo Patriarca.
Aqui, levantado o Coração ao alto, se pedirá ao Santo com amorosa insistencia a graça que se deseja